sexta-feira, 28 de outubro de 2011

os sentidos

 o tato


O tato ou tacto é um dos cinco sentidos clássicos propostos por Aristóteles, porém os especialistas o dividem em quatro outros sentidos: sistema somatosensorial (identificação de texturas), propriocepção ou cinestesia (reconhecimento da localização espacial do corpo), termocepção (percepção da temperatura) e nocicepção (percepção da dor). Geralmente associado apenas com a pele, na verdade inclui vários órgãos diferentes como o labirinto e medulas.

 Outras possíveis subdivisões

Discute-se ainda o fato de existirem receptores nervosos diferenciados para pressão ligeira e intensa dos para pressão breve e permanente e também existem diferenças na percepção do calor e percepção do frio. A complexidade do estudo deste sentido aumenta se pensarmos que também existem receptores distintos que detectam a pressão visceral, como quando estamos de estômago cheio; ou receptores endócrinos que proporcionam a sensação de "tensão" - como quando apresentamos ansiedade ou se tomam substâncias como a cafeína. Assim, caso a definição seja baseada nos órgãos sensoriais, é possível subdividir o tato em até oito sentidos diferentes.

 Em cegos

Os cegos utilizam muito o tato para conseguirem superar as dificuldades devidas à falta do sentido da visão: usam, por exemplo, uma bengala que serve como extensão do braço; a leitura eme Brailletambém usa este sentido. Um estudo feito comparando desenhos feitos por cegos com os feitos por pessoas com visão normal indicam que a percepção dos objetos através do tato permite uma leitura de mundo muito semelhante excluindo apenas a cor e distância. Pessoas com visão normal não conseguiram diferenciar desenhos feitos por cegos de desenhos feitos por videntes.[4]
A semelhança dos desenhos é tão significativa que até mesmo testes psicológicos baseados no desenho como o Procedimento de Desenhos-Estórias pode ser eficazmente aplicado mesmo em cegos desde o nascimento. [5]

 Em animais

O mesmo se passa com animais noturnos que, face à falta de luz, usam bigodes longos ou antenas desenvolvidos para detectar através do tato as propriedades do meio, por exemplo Gatos, Ratos e Toupeiras.

 Sensores

Para que nós sejamos capazes de obter as percepções táteis existem na pele uma série de terminações nervosas e corpúsculos. Eles são os chamados receptores táteis.

 Efeito psicológico

O contato físico carinhoso com alguém que gostamos gera desde a infância uma sensação de bem-estar, segurança e afeto em todos os mamíferos. Esse contato carinhoso é essencial para o desenvolvimento saudável de todos primatas, inclusive dos seres humanos, desde o aleitamento quando o tato é um dos sentidos mais desenvolvidos. Possui papel central na socialização de vários dos primatas e inúmeros estudos revelam como a privação desse contato causa prejuízos físicos e psicológicos mesmo em adultos.[6]
Mesmo um breve contato físico é suficiente para alterar nossa relação com outra pessoa, para melhor ou para pior, e empresários tem usado diversas técnicas táteis há séculos para aumentar sua chance de sucesso com seus clientes. Um estudo verificou que um mero toque sutil de alguns segundos já é suficiente para aumentar a avaliação de satisfação do cliente e as gorjetas recebidas por garçons em aproximadamente 20%. E essa não é a única relação entre tato e dinheiro. Um outro estudo defende que tocar dinheiro aumenta a sensação de poder e assim diminui a percepção de dor. [7]
Algumas psicoterapias foram focalizadas no contato físico e cinestésicas. Esse tipo de psicoterapia corporal tem entre seus objetivos relaxar o paciente, fazer ele entrar em contato com seu corpo, seus sentimentos e sensações e uma relação carinhosa com o terapeuta. Para a abordagem de Gerda Boyesen, o tato é uma forma de acessar o inconsciente e trabalhar sobre o ego do indivíduo. Porém, envolver o contato físico numa relação tão íntima potencializa também riscos de transferência e contratransferência inadequados e por isso exige um estabelecimento claro de limites desde a primeira sessão relembrando as regras sempre que necessário.   








O olfato[1] (português brasileiro) ou olfacto[2] (português europeu), chamado faro nos animais, é um dos cinco sentidos básicos e refere-se à capacidade de captar odores com o sistema olfactivo.
No homem e demais animais superiores, o órgão olfativo se forma a partir de um espessamento epidérmico situado na região etmoidiana do crânio, a neurorecepção somente será ativada após as moléculas das substâncias odoríferas serem dissolvidas no muco que recobre a membrana pituitária.

Disfunções olfativas

As principais disfunções olfativas são:
  • anosmia (ou anodmia) perda ou diminuição drástica do olfato;
  • cacosmia alucinação olfativa transitória, onde o indivíduo percebe cheiros desagradáveis;
  • fantosmia espécie de cacosmia, onde dá-se a percepção de cheiros (bons ou ruins), sem estímulo efetivo do olfato.
  • hiperosmia excitação exagerada e anormal do olfato;
  • parosmia perversão do olfato;

 O olfato e as emoções

A percepção é um processo que influi na trajectória de crescimento e reorganização do cérebro com vista a este se ir adaptando melhor ao ambiente e conseguir agir com mais eficiência inserido nele. E a parte mais antiga do cérebro, o rinencéfalo (cujo nome é composto por duas palavras significando «cheiro» e «cérebro»), que compreende as áreas olfativas e límbicas, parece ter-se desenvolvido inicialmente a partir de estruturas olfativas. O que indica que provavelmente a capacidade para experimentar e expressar emoções se terá desenvolvido a partir da habilidade para processar os odores. Só mais tarde na evolução darwiniana se parecem ter desenvolvido outras estruturas límbicas como o complexo amígdala-hipocampo.
Como no caso das emoções básicas, a resposta imediata aos odores transmite uma mensagem simples e binária: ou se gosta ou não se gosta; fazem-nos aproximar ou evitar. E verifica-se que, quando uma pessoa sofre um trauma que a faz perder o olfato, o impacto se torna por vezes devastador: as experiências de comer ou fazer amor ou mesmo passear numa manhã primaveril ficam extremamente diminuídas. E há casos em que se verifica que há uma diminuição de intensidade mesmo em todas as experiências emocionais.
As memórias que incluem lembrança de odores têm tendência para ser mais intensas e emocionalmente mais fortes. Um odor que tenha sido encontrado só uma vez na vida pode ficar associado a uma única experiência e então a sua memória pode ser evocada automaticamente quando voltamos a reencontrar esse odor. E a primeira associação feita com um odor parece interferir com a formação de associações subsequentes (existe uma interferência proactiva). É o caso da aversão a um tipo de comida. A aversão pode ter sido causada por um mal estar que ocorreu num determinado momento apenas por coincidência, nada tendo a ver com o odor em si; e, no entanto, será muito difícil que ela não volte sempre a aparecer no futuro associada a esse odor.


 a audição


A audição do latim auditione é um dos cinco sentidos dos animais. É a capacidade de reconhecer o som emitido pelo ambiente. O órgão responsável pela audição é o ouvido, capaz de captar sons até uma determinada distância.


 Audição nos vertebrados

  • Peixes: além da linha que acusa vibrações da água e alguns sons emitidos por outros animais, os peixes apresentam o ouvido interno, o qual está mais relacionado ao equilíbrio do que a audição.
  • Nos vertebrados terrestres: o ouvido possui a capacidade de amplificar sons. Nos anfíbios, a membrana timpânica ou tímpano amplia o som e transmite as vibrações para o ouvido médio.
  • Nos répteis e nas aves: ocorre o mesmo processo que nos anfíbios. A diferença está mais na parte externa, pois os répteis e as aves já apresentam um pavilhão auditivo externo rudimentar e o tímpano fica em uma depressão da cabeça: o ouvido médio.

 Audição nos mamíferos

O ouvido, que é o órgão captador da audição, divide-se em três regiões :
  • Ouvido externo: formado pelo pavilhão da orelha e pelo canal auditivo externo (meato acústico). Mostra-se fechado internamente pelo tímpano.
  • Ouvido médio: com um formato de caixa, contendo em seu interior três ossículos (martelo, bigorna e estribo) responsáveis pela condução das vibrações sonoras, levando-as de um meio de menor impedância (ar) para um meio de maior impedância (líquido). Comunica-se com o ouvido interno pelas janelas do vestíbulo e da cóclea e com a faringe por intemédio da trompa de Eustáquio ou tuba auditiva.
  • Ouvido interno: também chamado de labirinto; abrange o labirinto membranoso (contento endolinfa) e o ósseo (ou cóclea), contendo perilinfa e suspendendo o labirinto membranoso. O labirinto membranoso possui três partes: o vestíbulo, a cóclea e os canais semicirculares. Nos canais semicirculares encontram-se estruturas que permitem a percepção da posição do corpo (noção de equilíbrio), juntamente com o vestíbulo (que compreende o sáculo e o utrículo). Na cóclea está presente uma estrutura que permite a percepção dos sons, chamada de órgão de Corti.

 Funcionamento

As ondas sonoras chegam até o aparelho auditivo, fazem o tímpano vibrar que, por sua vez, faz os três ossos da orelha (martelo, bigorna e estribo) vibrarem; as vibrações são passadas para a cóclea, onde viram impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro pelo nervo auditivo.

 Perda da audição

Vários motivos podem explicar a perda da capacidade auditiva. Um deles, segundo estudo da Brigham and Women's Hospital, dos Estados Unidos, associa o consumo regular de aspirina, acetaminofen e anti-inflamatórios não esteroides ao aumento do risco de perda auditiva, especialmente nos homens com menos de 60 anos [1].






o paladar
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O paladar ou gustação é um dos cinco sentido dos animais . É a capacidade de reconhecer os gostos de substâncias colocadas sobre a língua. Na língua, existem as papilas gustativas que reconhecem substâncias do gosto e enviam a informação ao cérebro. Mas o tecto da boca (o palato) também é sensível aos gostos. Existem cinco gostos básicos: o amargo, o ácido, o salgado, o doce e o umami.
A língua também possui terminações nervosas livres que, quando em contato com substâncias como a capsaicina, percebem os compostos químicos. Ao conjunto das sensações de gosto e aroma dá-se o nome de sabor. É por isso que, quando estamos resfriados, a comida nos parece sem sabor, embora o seu paladar continue presente.
As papilas gustativas são estruturas compostas por células sensoriais que transmitem ao cérebro informações que o permitem identificar os gostos básicos: o amargo, o ácido, o salgado e o doce. As substâncias do gosto se ligam (aminoácidos e adoçantes) ou penetram (íon hidrogênio e íon sódio) na célula sensorial desencadeando um processo que resulta na liberação de neurotransmissores. Os padrões de sinais gerados e transmitidos até o cérebro a partir da liberação desses neurotransmissores permitem a identificação do tipo de gosto. Embora existam vários tipos de papilas, e elas se concentrem em determinadas regiões da língua, as células sensoriais são capazes de transmitir informações sobre todos os tipos de gostos.
Quando determinada substância não provoca reações sensitivas nos órgãos do paladar, diz-se que é insípida.

 a visão

visão (a vista) é um dos cinco sentidos que permite aos seres vivos dotados de órgãos adequados, aprimorarem a percepção do mundo. No entanto, os neuroanatomistas consideram que a visão engloba dois sentidos, já que são diferentes os recetores responsáveis pela percepção da cor (i.e. pela estimativa da frequência dos fotões de luz) os cones, e pela percepção da luminosidade (i.e. pela estimativa do número de fotões de luz incidente) os bastonetes.

 A olho nu

Vista desarmada ou a olho nu, são expressões que significam olhar sem o uso de instrumentos. A visão humana pode ser ampliada quando os olhos são armados com instrumentos ópticos, como o (MOC) microscópio óptico comum, ou como o (ME) microscópio eletrônico, que ampliam a visão de forma a nos permitir enxergar micróbios e corpos microscópicos que são corpos muito pequenos impossíveis de serem avistados a olho nu, ou seja, sem armar os olhos com esses instrumentos. A visão humana pode ser armada também com telescópios para poder enxergar os corpos muito distantes como estrelas situadas em outras galáxias muito distantes do planeta Terra. A visão humana pode ser armada com outros instrumentos também como binóculos infra-vermelho que nos permite ter uma visão noturna, o ambiente noturno é iluminado com um farol especial que emite só essa frequência de luz infra-vermelha a qual é invisível a olho nú e mesmo que alguém esteja olhando diretamente para esse farol aceso no escuro, não vê luz alguma mas, o observador armado com o binóculo infra-vermelho capta essa luz infravermelha que reflete em todos os corpos no ambiente escuro e assim consegue enxergar tudo, embora tudo esteja no escuro e, com esses binóculos visualizam também a luz infra-vermelha que é emitida pelos corpos que estão emitindo calor, permitindo assim distinguir no escuro os corpos mais quentes dos corpos mais frios. Existem outros instrumentos e aparelhos que nos permitem a visão de raios X, a visão através da imunofluorescência, a visão através da ressonância magnética dentre outras técnicas mais sofisticadas ainda que são utilizadas tanto pela astronomia quanto pela medicina para diagnósticos por imagem:
  • Instrumentos ópticos comuns, exemplos:
    • Lupa, óculos, binóculos, lunetas, microscópios ópticos, telescópios ópticos.
  • A visão humana enxerga três níveis bem distintos da realidade cósmica:
    • A visão microscópica dos corpos microscópicos visualizados só com o uso de microscópios.
    • A visão macroscópica dos corpos que podem ser visualizados a olho nú.
    • A visão telescópica dos corpos do Universo visualizados só com os telescópios.

[editar] Visão biológica

Os olhos são os órgãos sensoriais da visão, os olhos capturam a luz que incide sobre as retinas dos olhos que é uma superfície parabólica de tecido vivo formado por células fotorreceptoras de luz que captam a luz e transformam essa energia luminosa em impulsos nervosos que adentram pelo nervo óptico que leva essas informações para o cérebro, para que lá sejam interpretadas essas sensações luminosas, ou seja os olhos captam as imagens mas quem vê mesmo é o cérebro, ver com o cérebro o que significam aquelas luzes captadas pelos olhos, interpretar as formas e as cores contidas nas imagens que estão sendo captadas pelos olhos durante a visão. Por isso, no sentido mais amplo da palavra visão (de percepção visual), esta requer a intervenção de zonas especializadas do cérebro no córtex visual que analisam e sintetizam a informação recolhida em termos de forma, cor, textura, relevo, etc. A visão é por isso a percepção das radiações luminosas, compreendendo todo o conjunto de mecanismos fisiológicos e neurológicos pelos quais essas radiações determinam impressões sensoriais de natureza variada, como as cores, as formas, o movimento, a distância e as intensidades das luzes visualizadas no ambiente. O olho é a câmera deste sistema sensorial e é no seu interior que está a retina, composta de cones e bastonetes, onde se realizam os primeiros passos do processo perceptivo. A retina transmite os dados visuais, através do nervo óptico e do núcleo geniculado lateral, para o córtex cerebral. No cérebro tem então início o processo de análise e interpretação que nos permite reconstruir as distâncias, cores, movimentos e formas dos objectos que nos rodeiam.
  • Cores, frequências de luz a que o olho humano é sensível, raios de luz visíveis:
    • Luz vermelha;
    • Luz alaranjada;
    • Luz amarela;
    • Luz verde;
    • Luz azul;
    • Luz anil;
    • Luz violeta.
    • Luz Branca
  • Ondas eletromagnéticas com frequências a que o olho humano não é sensível, invisíveis:

[editar] A televisão e a visão digital

Televisão (do grego "tele", "distante") e (do latim "visione", visão) literalmente (visão a longa distância) é a tecnologia e o aparelho que nos permite captar e visualizar as imagens que estão sendo transmitidas pelas emissoras de TV. A visão digital através de computadores é outro tipo de "televisão" que nos permite visualizar em tempo real imagens que estão sendo captadas em lugares distantes em quaisquer localidades onde estejam instalados outros computadores equipados com instrumentos periféricos tais como câmera e monitor para captar e enviar imagens através de bits para outros computadores conectados às redes de computadores.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

como e a pele?

A pele (cútis ou tez), em anatomia, é o órgão integrante do sistema tegumentar (junto ao cabelo e pêlos, unhas, glândulas sudoríparas e sebáceas), que tem por principais funções a proteção dos tecidos subjacentes, regulação da temperatura somática, reserva de nutrientes e ainda conter terminações nervosas sensitivas.[1]
A pele é o revestimento externo do corpo, considerado o maior órgão do corpo humano e o mais pesado. Compõe-se da pele propriamente dita e da tela subcutânea[1].

 Anatomias

O nome anatômico internacional é cútis. A pele é o maior órgão do corpo humano, constituindo 15% do peso corporal, cobrindo quase todo o corpo à exceção dos orifícios genitais e alimentares, olhos e superfícies mucosas genitais.

 Histologia

A pele apresenta duas camadas: a epiderme e a derme. A hipoderme, ou tela subcutânea, é uma camada de tecido conjuntivo frouxo, que fica logo abaixo da derme. Há ainda vários órgãos anexos, como folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas; ou penas, escamas e cascos.
A pele é praticamente idêntica em todos os grupos étnicos humanos. Nos indivíduos de pele escura, os melanócitos produzem mais melanina que naqueles de pele clara, porém o seu número é semelhante.
A pele é responsável pela termorregulação, pela defesa, pela percepção e pela proteção.Ela nos protege das doenças, porém não é 100% eficaz, podendo deixar entrar larvas de esquistossomos e do ancilóstomo.
Pele humana.jpg

 Epiderme

A epiderme é uma camada com profundidade diferente conforme a região do corpo. Zonas sujeitas a maior atrito como palmas das mãos e pés têm uma camada mais grossa (conhecida como pele glabra por não possuirem pelos), e variam de 0,04mm até 1,6mm de espessura.
A epiderme é constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado (células escamosas em várias camadas). A célula principal é o queratinócito (ou ceratinócito), que produz a queratina. A queratina é uma proteína resistente e impermeável responsável pela proteção. Existem também ninhos de melanócitos (produtores de melanina, um pigmento castanho que absorve os raios UV); e células imunitárias, principalmente células de Langerhans, gigantes e com prolongamentos membranares.
A epiderme não possui vasos sanguíneos, porque se nela houvesse vasos ficaria mais sujeita a ser "penetrada" por microorganismos. Os nutrientes e oxigênio chegam à epiderme por difusão a partir de vasos sanguíneos da derme.
- A epiderme apresenta várias camadas. A origem da multiplicação celular é a camada basal. Todas as outras são constituídas de células cada vez mais diferenciadas que, com o crescimento basal, vão ficando cada vez mais periféricas, acabando por descamar e cair (uma origem importante do que se acumula nos locais onde vivem pessoas ou outros seres vivos).
- Camada basal, é o mais profundo, em contato com derme, constituído por células cúbicas pouco diferenciadas que se dividem continuamente, dando origem a todas as outras camadas. Contém muito pouca queratina. Algumas destas células diferenciam-se e passam para as camadas mais superficiais, enquanto outras permanecem na camada basal e continuam a se dividir. - Camada espinhosa: células cúbicas ou achatadas com mais queratina que as basais. Começam a formar junções celulares umas com as outras, como desmossomas e tight junctions (daí o aspecto de espinhos). - Camada granulosa: células achatadas, com grânulos de queratina proeminentes e outros como substância extracelular e outras proteínas (colagénios). - Camada lúcida: células achatadas hialinas eosinófilas devido a grânulos muito numerosos proteicos. Estas células libertam enzimas que as digerem. A maior parte já está morta (sem núcleo). Estão presentes na pele sem folículos pilosos (pele glabra). - Camada córnea: constituído de células achatadas eosinófilas sem núcleo (mortas) com grande quantidade de filamentos, principalmente queratinas.
- A junção entre a epiderme e a derme tem forma de papilas, que dão maior superfície de contacto com a derme e maior resistência ao atrito da pele.

Órgãos anexos da epiderme

  • Folículo piloso: produz uma estrutura maciça queratinizada, o pêlo, que é produzido por células especializadas na sua raiz, constituindo o bulbo piloso. Tem músculo liso erector e terminações nervosas sensitivas associadas. Os folículos pilosos dos bigodes de alguns animais como o gato são altamente especializados como órgãos dos sentidos.

 Derme

A derme é um tecido conjuntivo que sustenta a epiderme. É constituído por elementos fibrilares, como o colágeno e a elastina e outros elementos da matriz extracelular, como proteínas estruturais, glicosaminoglicanos, íons e água de solvatação. Os fibroblastos são as células envolvidas com a produção dos componentes da matriz extracelular.
A derme é subdividida em duas camadas: a camada papilar em contacto com a epiderme, formada por tecido conjuntivo frouxo, e a camada reticular, constituída por tecido conjuntivo denso não modelado, onde predominam as fibras colagenosas. É na derme que se localizam os vasos sanguíneos que nutrem a epiderme, vasos linfáticos e também os nervos e os órgãos sensoriais a eles associados. Estes incluem vários tipos de sensores:
  1. Corpúsculo de Vater-Pacini, sensíveis à pressão.
  2. Corpúsculo de Meissner com função de detecção de pressões de frequência diferente.
  3. Corpúsculo de Krause, sensíveis ao frio (pele glabra).
  4. Órgão de Ruffini, sensíveis ao calor.
  5. Célula de Merckel, sensíveis a tacto e pressão.
  6. Folículo piloso, com terminações nervosas associadas.
  7. Terminação nervosa livre, com dendritos livres sensíveis à dor e temperatura.
A hipoderme, já não faz parte da pele. É constituída por tecido adiposo que protege contra o frio.
É um tecido conjuntivo frouxo ou adiposo que faz conexão entre a derme e a fáscia muscular e a camada de tecido adiposo é variável à pessoa e localização.
Funções: reservatório energético; isolante térmico; modela superfície corporal; absorção de choque e fixação dos órgãos.
Camadas
  • Areolar: superficial; adipócitos globulares e volumosos e numerosos e delicados vasos.
  • Lâmina fibrosa: separa a camada areolar da lamelar.
  • Lamelar: mais profunda; aumento da espessura com ganho de peso (hiperplasia).

Tipos de pele

  • Pele eudérmica: tem superfície lisa, flexível, lubrificante e umedecida. É aquela onde ocorre um equilíbrio entre o conteúdo hídrico e o conteúdo graxo.
  • Pele graxa: emulsão tipo A/O. Aumento de secreção sebácea.
  • Pele alípica: secreção sebácea insuficiente e secreção hídrica normal.
  • Pele desidratada: caracterizada pela diminuição hídrica normal e secreção sebácea normal.
  • Pele hidratada: aumento de teor hídrico. Hiperidrose.
  • Pele mista: ocorrência de pele graxa na zona central do rosto e pele alípica nas bochechas. Fisiologia (função)
A pele é um órgão muito mais complexo do que aparenta. A sua função principal é a protecção do organismo das ameaças externas físicas. No entanto, ela tem também funções imunitárias, é o principal órgão da regulação do calor, protegendo contra a desidratação. Tem também funções nervosas, constituindo o sentido do tacto e metabólicas, como a produção da vitamina D.

 Proteção física

A epiderme secreta proteínas e lípidos (a principal, é a queratina) que protegem contra a invasão por parasitas e a injúria mecânica e o atrito. Contra esta também é fundamental o tecido conjuntivo da derme, no qual os fibrócitos depositam proteínas fibrilares com propriedades de resistência à tracção e elasticidade, como os colagénios e a elastina. A melanina produzida pelos seus melanócitos protege contra a radiação, principalmente UV. Sua quantidade aumentada produz o bronzeamento da pele.

 Proteção da desidratação

Uma das funções vitais da pele é a protecção contra a desidratação. Os seres humanos são animais terrestres, e necessitam proteger os seus corpos, compostos principalmente por água, contra a evaporação excessiva e desidratação e o subsequente choque hipovolémico e morte, que seriam inevitáveis num meio seco e quente. É comum vítimas de queimaduras graves entrarem em choque hipovolémico (sangue com pouco volume devido à perda de água) se perderem superfície cutânea extensamente. A pele protege da desidratação por dois mecanismos. As junções celulares como tight junctions e desmossomas dão coesão às células da epiderme e a sua superfície contínua de membrana lipídica impede a saída de água (que não se mistura com lípidos).

 Regulação da temperatura corporal

A pele também é o principal órgão da regulação da temperatura corporal através de diversos mecanismos:
  1. Os vasos sangüíneos subcutâneos contraem-se com o frio e dilatam-se com o calor, de modo a minimizar ou maximizar as perdas de calor.
  2. Os folicúlos pilosos têm músculos que produzem a sua erecção com o frio ("pele de galinha"), aprisionando bolhas de ar estático junto à pele que retarda as trocas de calor - um mecanismo mais eficaz nos nossos antepassados mais peludos.
  3. As glândulas sudoríparas secretam líquido aquoso cuja evaporação diminui a temperatura superficial do corpo.
  4. A presença de tecido adiposo (gordura) subcutâneo protege contra o frio uma vez que a gordura é má condutora de calor.

 Como órgão imunitário

A pele é um órgão importante do sistema imunitário. Ela alberga diversos tipos de leucócitos. Há linfócitos que regulam a resposta imunitária e desenvolvem respostas específicas; células apresentadoras de antigénio (histiócitos ou células de Langerhans) que recolhem moléculas estranhas (possíveis invasores) que levam para os gânglios linfáticos onde as presentam aos linfócitos CD4+; mastócitos envolvidos em reacções alérgicas e luta contra parasitas.

Funções metabólicas

As funções metabólicas da pele são importantes. É lá que é fabricada, numa reacção dependente da luz solar, a vitamina D, uma vitamina essencial para o metabolismo do cálcio e portanto na formação/manutenção saudável dos ossos.

 Como órgão dos sentidos

Finalmente, a pele também é um órgão sensorial, constituindo o sentido do tacto. Ela apresenta numerosas terminações nervosas, algumas livres, outras com comunicação com órgãos sensoriais especializados, como células de Merckel, folículos pilosos. A pele tem capacidade de detectar sinais que criam as percepções da temperatura, movimento, pressão e dor. É um órgão importante na função sexual.

 Ciclo celular da pele

A pele normal produz cerca de 1250 células por dia para cada centímetro quadrado e essas células são provenientes de 27000 células; a pele do doente de psoríase produz 35000 novas células a cada dia para cada centímetro quadrado e essas células provêm de 52000 células. A duração normal do ciclo celular da pele é de 311 horas, mas se reduz para 36 na pele psoriática.

[editar] Envelhecimento (rugas)

Quando há envelhecimento do indivíduo, são formados dois tipos de rugosidades na pele:
  1. Rugas de expressão
  2. Rugas de envelhecimento [1]
Os sulcos de expressão surgem em conseqüência da repetição constante de determinados movimentos faciais (como frangir a testa), ao passo que as de idade se originam por conta do afrouxamento da musculatura e da própria pele com influência da gravidade.
A Medicina estética cuida dos efeitos das rugas nas pessoas, quer através de cirurgias plásticas, quer através de tratamentos, como a aplicação da toxina botulínica, hidratantes, etc.

 Embriologia

A pele é constituida por duas camadas germinativas diferentes: a ectoderme e a mesoderme. A epiderme tem origem na ectoderme, enquanto a derme e o tecido adiposo subcutâneo têm origem mesodérmica.

 Patologia

A pele é um importante órgão na clínica de várias doenças ou condições benignas que a afectam principalmente ou primariamente outros órgãos.
  • Acantose nigricans - forma de hiperplasia do epitélio da pele.
  • Acne - inflamação dos folículos pilosos devido a infecção pela bactéria Propionibacterium acnes.
  • Alopécia - redução parcial ou total de pêlos ou cabelos em uma determinada área de pele.
  • Carbúnculo - doença infecciosa causada pelo Bacillus anthracis com manifestações cutâneas importantes.
  • Celulite - alteração do tecido subcutâneo e gorduroso da pele causando irregularidades na superfície.
  • Dermatite seborreica - doença inflamatória da pele com etiologia auto-imune.
  • Efélis ou sarda - é uma hiperpigmentação fotorreactiva em alguns pontos da pele que até certo ponto pode ser considerada sem importância (normalmente não necessita de preocupação).
  • Ictiose - doença genética com formação de pseudo-escamas na pele.
  • Impetigo - infecção da pele com formação de pústulas por Staphylococcus aureus ou Streptococcus.
  • Lentigo - pigmentação da pele semelhante à efelis, mas que não aparece e desaparece com as estações do ano.
  • Melanoma maligno - tumor dos melanócitos da pele.
  • Melasma - escurecimento da pele devido a hormonios femininos que ocorre sobretudo na gravidez.
  • Molusco contagioso - pápula devido a infecção pelo vírus do molusco contagioso.
  • Pelagra - dermatite devido a deficiência vitamínica.
  • Psoríase - doença auto-imune da pele, aspecto de intensa descamação.
  • Rosácea (doença)
  • Pênfigo - doença com formação de bolhas de causa auto-imune. Pode ser fatal.
  • Queimadura
  • Tinha - infecção cutânea com fungos. A forma mais importante é o pé de atleta.
  • Tumores da pele - outras neoplasias comuns da pele, como nevos (pontos negros - benigno) e carcinomas epidermóides ou basalóides.
  • Urticária, Eczema e Eritema multiforme -reacções alérgicas da pele.
  • Verruga - lesão neoplásica benigna causada por infecção com papilomavirus.
  • Vitiligo - doença auto-imune da pele (um dos fatores é o psicológico) faz com que determinadas regiões do corpo (começando geralmente nas extremidades) sofram despigmentação, ficando muito mais clara que a pele normal, necessita de tratamento médico.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

o paladar

O paladar ou gustação é um dos cinco sentido dos animais . É a capacidade de reconhecer os gostos de substâncias colocadas sobre a língua. Na língua, existem as papilas gustativas que reconhecem substâncias do gosto e enviam a informação ao cérebro. Mas o tecto da boca (o palato) também é sensível aos gostos. Existem cinco gostos básicos: o amargo, o ácido, o salgado, o doce e o umami.
A língua também possui terminações nervosas livres que, quando em contato com substâncias como a capsaicina, percebem os compostos químicos. Ao conjunto das sensações de gosto e aroma dá-se o nome de sabor. É por isso que, quando estamos resfriados, a comida nos parece sem sabor, embora o seu paladar continue presente.
As papilas gustativas são estruturas compostas por células sensoriais que transmitem ao cérebro informações que o permitem identificar os gostos básicos: o amargo, o ácido, o salgado e o doce. As substâncias do gosto se ligam (aminoácidos e adoçantes) ou penetram (íon hidrogênio e íon sódio) na célula sensorial desencadeando um processo que resulta na liberação de neurotransmissores. Os padrões de sinais gerados e transmitidos até o cérebro a partir da liberação desses neurotransmissores permitem a identificação do tipo de gosto. Embora existam vários tipos de papilas, e elas se concentrem em determinadas regiões da língua, as células sensoriais são capazes de transmitir informações sobre todos os tipos de gostos.
Quando determinada substância não provoca reações sensitivas nos órgãos do paladar, diz-se que é insípida.

os sentidos

o tato
O tato (português brasileiro) ou tacto (português europeu) é um dos cinco sentidos clássicos propostos por Aristóteles, porém os especialistas o dividem em quatro outros sentidos: sistema somatosensorial (identificação de texturas), propriocepção ou cinestesia (reconhecimento da localização espacial do corpo), termocepção (percepção da temperatura) e nocicepção (percepção da dor). Geralmente associado apenas com a pele, na verdade inclui vários órgãos diferentes como o labirinto e medulas. [3]

Outras possíveis subdivisões

Discute-se ainda o fato de existirem receptores nervosos diferenciados para pressão ligeira e intensa dos para pressão breve e permanente e também existem diferenças na percepção do calor e percepção do frio. A complexidade do estudo deste sentido aumenta se pensarmos que também existem receptores distintos que detectam a pressão visceral, como quando estamos de estômago cheio; ou receptores endócrinos que proporcionam a sensação de "tensão" - como quando apresentamos ansiedade ou se tomam substâncias como a cafeína. Assim, caso a definição seja baseada nos órgãos sensoriais, é possível subdividir o tato em até oito sentidos diferentes.

  Em cegos

Os cegos utilizam muito o tato para conseguirem superar as dificuldades devidas à falta do sentido da visão: usam, por exemplo, uma bengala que serve como extensão do braço; a leitura em Braille também usa este sentido. Um estudo feito comparando desenhos feitos por cegos com os feitos por pessoas com visão normal indicam que a percepção dos objetos através do tato permite uma leitura de mundo muito semelhante excluindo apenas a cor e distância. Pessoas com visão normal não conseguiram diferenciar desenhos feitos por cegos de desenhos feitos por videntes.[4]
A semelhança dos desenhos é tão significativa que até mesmo testes psicológicos baseados no desenho como o Procedimento de Desenhos-Estórias pode ser eficazmente aplicado mesmo em cegos desde o nascimento. [5]

  Em animais

O mesmo se passa com animais noturnos que, face à falta de luz, usam bigodes longos ou antenas desenvolvidos para detectar através do tato as propriedades do meio, por exemplo Gatos, Ratos e Toupeiras Sensores
Para que nós sejamos capazes de obter as percepções táteis existem na pele uma série de terminações nervosas e corpúsculos. Eles são os chamados receptores táteis.

  Efeito psicológico

O contato físico carinhoso com alguém que gostamos gera desde a infância uma sensação de bem-estar, segurança e afeto em todos os mamíferos. Esse contato carinhoso é essencial para o desenvolvimento saudável de todos primatas, inclusive dos seres humanos, desde o aleitamento quando o tato é um dos sentidos mais desenvolvidos. Possui papel central na socialização de vários dos primatas e inúmeros estudos revelam como a privação desse contato causa prejuízos físicos e psicológicos mesmo em adultos.[6]
Mesmo um breve contato físico é suficiente para alterar nossa relação com outra pessoa, para melhor ou para pior, e empresários tem usado diversas técnicas táteis há séculos para aumentar sua chance de sucesso com seus clientes. Um estudo verificou que um mero toque sutil de alguns segundos já é suficiente para aumentar a avaliação de satisfação do cliente e as gorjetas recebidas por garçons em aproximadamente 20%. E essa não é a única relação entre tato e dinheiro. Um outro estudo defende que tocar dinheiro aumenta a sensação de poder e assim diminui a percepção de dor. [7]
Algumas psicoterapias foram focalizadas no contato físico e cinestésicas. Esse tipo de psicoterapia corporal tem entre seus objetivos relaxar o paciente, fazer ele entrar em contato com seu corpo, seus sentimentos e sensações e uma relação carinhosa com o terapeuta. Para a abordagem de Gerda Boyesen, o tato é uma forma de acessar o inconsciente e trabalhar sobre o ego do indivíduo. Porém, envolver o contato físico numa relação tão íntima potencializa também riscos de transferência e contratransferência inadequados e por isso exige um estabelecimento claro de limites desde a primeira sessão relembrando as regras sempre que necessário

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

musculo liso

A musculatura lisa é uma musculatura de contração involuntária e lenta, composta por células fusiformes mononucleadas.
O músculo liso se encontra nas paredes de órgãos ocos, tais como os vasos sanguíneos, na bexiga, no útero e no trato gastrointestinal. O músculo liso está presente nestes órgãos pois, por contracções peristálticas controladas automaticamente pelo Sistema Nervoso Autónomo, tem o papel preponderante de impulsionar sangue, urina, esperma, bile...
As células do músculo liso podem também reagir a estímulos vindos de células vizinhas ou a hormonios (vasodilatadores ou vasoconstritores). Nestas células, os canais de cálcio induzem contracção. São geralmente organizadas em folha ou em fascículos e são mantidas unidas e em contacto intercitoplasmático por gap junctions (junções de hiato). No estado relaxado tem forma de fuso, têm de 25-50 µm de comprimento e 5 µm de largura.
O mecanismo pelo qual factores externos estimulam o crescimento e rearranjo destas células ainda não está completamente esclarecido. Pensa-se que factores como o de crescimento derivado de plaquetas (PDGF), o factor de crescimento do endotélio vascular (VEGF), o factor de crescimento transformante B (TGF-B) e o factor de crescimento dos fibroblastos (FGF) estejam envolvidos. Estas células são capazes de produzir a sua própria matriz extracelular. Quando criadas em cultura fora do organismo, estas células tendem a diferenciar-se num fenótipo sintético, que não é capaz de contrair.

musculo cardíaco

O músculo estriado cardíaco é o tipo de tecido muscular que forma a camada muscular do coração, conhecida por miocárdio. Também é chamado tecido muscular estriado esquelético cardíaco.
O coração é formado por três tipos principais de músculos:
  • Ventricular, contrai de forma parecida com o músculo estriado, mas a duração de contração é maior.
  • Atrial, contrai de forma parecida com o músculo estriado, mas a duração de contração é maior.
  • Fibras musculares excitatórias e condutoras, só se contraem de modo mais fraco, pois contêm poucas fibrilas contráteis; ao contrário, apresentam ritmicidade e velocidade de condução variáveis, formando um sistema excitatório para o coração.

  Morfologia do tecido muscular cardíaco

As fibras se dispõem lado a lado, juntando-se e separando-se entre si, através de "junções de abertura". Uma grande vantagem neste tipo de disposição de fibras é que o impulso, uma vez atingindo uma célula, passa com grande facilidade às outras. A este conjunto de fibras, unidas entre si, "observadas em microscópio óptico, aparentemente forma um sincício, mas na verdade ao observar em um microscópio eletrônico, nota-se a formação de discos intercalares. Existem dois sincícios funcionais formando o coração:
Os dois são separados por uma membrana de tecido fibroso. Isso possibilita que a contração nas fibras que compõem o sincício atrial ocorra em tempo diferente da que ocorre no sincício ventricular.
Isso concorre para a perfeição do batimento cardíaco,ou seja, enquanto o átrio se contrai (sístole) o sangue é ejetado para ventrículo (em diástole), e quando o átrio relaxa (diástole), o ventrículo se contrái (sístole) proporcionando assim o fechamento das válvas e impulsionando o sangue para as artérias. Portanto, o "atraso" dos impulsos, ocasionado pela membrana de tecido fibroso entre átrios e ventrículos, causa diferença de contração entre eles.
Características que diferenciam músculo cardíaco e músculo esquelético
  • Tanto um como o outro são estriados e possuem filamentos de actina e miosina que utilizam o mecanismo de "catraca".
  • As fibras musculares cardíacas têm discos (membranas que delimitam a célula) intercalados entre uma fibra e outra, o que não acontece com as fibras musculares esqueléticas. Estes discos têm uma resistência elétrica muito pequena, o que permite que um potencial de ação percorra livremente entre as células musculares cardíacas.
  • O músculo cardíaco possui contrações involuntárias, sendo controladas pelo sistema nervoso autônomo.

musculo estriado esqueletico

O músculo estriado constitui-se de células musculares denominadas fibras musculares que são interligadas por tecido conectivo. Tal músculo é de caráter voluntário ou não, sendo inervado por neurônios motores. Pode ser do tipo estriado esquelético ou estriado cardíaco.
Este tipo de músculo contém terminações nervosas para a dor e possui proprioceptores sendo responsável pela produção de movimentos e manutenção da postura corporal e constituem cerca de 40 a 45% do peso corporal de um adulto.
O sistema muscular esquelético inclui aproximadamente 434 músculos onde 75 pares estão envolvidos com a postura geral e movimento, enquanto que os demais são músculos menores e envolvidos com mecanismos não diretamente relacionados ao movimento de todo o corpo (ex: controle da voz e deglutição).
Este tipo de músculo é denominado estriado por possuir estriações transversais formadas pela disposição/organização das proteínas actina e miosina.
Esse tipo de múscúlo possui tendões que ligam o músculo no osso.